A desigualdade entre homens e mulheres está diminuindo no Brasil, segundo relatório que o Fórum Mundial de Economia publica hoje em Nova York. O país pulou da 82ª para 62ª posição entre 135 países presentes no ranking do “Relatório sobre Desigualdade Global de Gênero”, que se baseia em quatro critérios: econômico (salários, participação no mercado de trabalho, acesso a altos cargos), político (representação feminina no Parlamento, em postos ministeriais etc.), educação e saúde.
O ranking global de um país pode variar de zero a um – um representa perfeita igualdade, e zero completa desigualdade. O “score” do Brasil é 0,69, que o coloca atrás de países como Lesoto, Moçambique e Burundi e da maioria dos vizinhos latino-americanos.
O Fórum destaca progressos, com o país ficando na primeira posição, ao lado de outros países, na melhora na educação primária das mulheres e no percentual delas em postos ministeriais. Também fica em primeiro lugar no item saúde. A expectativa de vida das mulheres brasileiras é calculada em 66 anos, ante 62 anos para os homens, enquanto em Cingapura é de 75 anos.
Já na participação econômica e oportunidades para as mulheres, o Brasil faz feio. Em termos de igualdade salarial, o país fica na 120ª posição. Em termos de rendimento estimado, as mulheres no Brasil ganhariam em média apenas dois terços do que os homens recebem no mesmo cargo.
A participação feminina nos cargos de chefia também ainda é baixa no país, conforme o relatório. Outros estudos mostram que as mulheres no país representam mais de 50% do contingente dos qualificados com pós-graduação e ocupam importantes posições na indústria, finanças etc. Mas nos conselhos de administração, a representação feminina era de apenas 8% em 2009, comparado a quase 50% na Noruega.
Um ranking anual do “Financial Times” sobre as 50 principais executivas globais incluiu 12 mulheres da China e Índia, mas nenhuma do Brasil. Em representação política feminina, o Brasil fica em 113ª posição. Entre os Brics, a África do Sul é considerada bom exemplo de combate à desigualdade de gênero, ficando na 16ª posição, a Rússia na 59ª, enquanto a China (69ª) e Índia (105ª) ficam atrás do Brasil.
Sem surpresa, o ranking é dominado por maior nível de igualdade entre homens e mulheres nos países nórdicos – Islândia, Finlândia, Noruega e Suécia.
Fonte: Valor Econômico
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Fonte: Fetamce