Em Iguatu (CE), os profissionais do magistério, além de receberem uma proposta muito abaixo do reajuste de 33,24%, agora estão proibidos de se manifestarem em uma ação antidemocrática da Prefeitura da cidade. Com a proposta de apenas 10,18%, a cidade tem um dos piores reajustes oferecidos no Ceará.
Já na última semana, o prefeito Ednaldo Lavor (PSD) cancelou a reunião de negociação que havia marcado com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SPUMI). Em virtude do cancelamento, a categoria decidiu, em Assembleia ocorrida na sexta (11/03), que irão paralisar as atividades nesta quinta (17). A concentração será na Praça da Caixa Econômica, a partir das 8h30.
A presidenta da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Enedina Soares, esteve presente na Assembleia, demostrando total apoio a decisão da categoria na paralisação das atividades nessa semana.
“Será um momento importante para intensificar a luta pelo reajuste de 33,24%. A voz dos professores e professoras de Iguatu não será silenciada. As ações antidemocráticas e a falta de diálogo promovem um verdadeiro desrespeito com a categoria”, enfatizou Enedina Soares.
Segundo o SPUMI, a gestão atual quer implantar a mesma reposição salarial aplicada aos demais servidores, desconsiderando que os profissionais do magistério da educação básica brasileira contam com legislação própria, prevista na Constituição e em leis ordinárias. “Uma situação totalmente esdruxula, que vai causar, no final, a necessidade de complementação para o professor receber ao menos o valor mínimo do piso nacional. Uma proposta das mais absurdas que você pode imaginar”, destaca Pablo Campos, secretário de finanças do sindicato laboral.
A Fetamce presta todo apoio e solidariedade aos professores e professoras da cidade na paralisação de suas atividades, pois a livre manifestação faz parte do estado democrático. Vamos defender o pacífico direito a negociação e diálogo. Seguimos firmes no apoio ao movimento!