Em assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Barbalha (Sindmub) na manhã desta sexta-feira, 11 de março, os professores da cidade decidiram deflagrar greve geral após a Prefeitura recuar na proposta de reajuste salarial para a categoria.
No início do ano, o prefeito Guilherme Saraiva (PDT) havia prometido, em publicações nas redes sociais, a aplicação do percentual de 33,24%, conforme a Lei do Piso do Magistério. Mas, depois de dois meses, o gestor foi à assembleia da categoria e anunciou que aplicará apenas 11% de aumento, o mesmo concedido aos demais servidores públicos municipais.
Durante o debate, os educadores e o sindicato da categoria reforçaram a legalidade do benefício, assim como cobraram a instalação de mesa permanente de negociação com a gestão municipal.
Acompanhado de parte do secretariado, vice-prefeito, presidência da Câmara Municipal e técnicos, o prefeito justificou que Barbalha não teria, do ponto de vista da execução financeira, capacidade de arcar com a aplicação do reajuste de 33,24%.
Os argumentos patronais não convenceram os trabalhadores, que, pela primeira vez, conseguiram estabelecer algum diálogo direto com o Executivo, após repetidas cobranças, protestos e mobilizações.
Levando o apoio e a solidariedade da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) para o movimento, Lea Filgueira, secretária de comunicação, cobrou flexibilidade e planejamento por parte da Administração.
“Barbalha pode se planejar, como aconteceu em mais de 105 cidades, e criar condições para a aplicação do reajuste de 33,24%, direito assegurado por lei para todos os trabalhadores do magistério”, destaca a dirigente da Federação.