Segundo o ministro da Saúde, com o resultado da campanha de vacinação contra o vírus Influenza A (H1N1), com 81 milhões de pessoas imunizadas, o País não corre mais o risco de uma grande quantidade de casos da doença
Em três meses de campanha de vacinação, 81 milhões de brasileiros foram imunizados contra a influenza A (H1N1) – gripe suína –, o que representa 88% do público-alvo total. De acordo com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o resultado elimina a possibilidade de haver muitos casos da doença no país, como no ano passado. “O Brasil está livre de epidemia com certeza”, disse.
Com o resultado, o país atinge a meta de vacinar pelo menos 80% de um total de 92 milhões de pessoas. Segundo o ministério, o Brasil é a nação que mais vacinou em termos percentuais: 42% da população foram imunizados. Nos Estados Unidos, que ocupa o segundo lugar no ranking mundial, o percentual é de 26%.
A vacinação contra o vírus Influenza H1N1 continua, sob a responsabilidade dos municípios, pois nos grupos de gestantes (73%) e de crianças de 2 a 5 anos incompletos (40%), o balanço mostra que não foi atingida a meta de 80% das pessoas imunizadas.
Para o ministro, apesar das estatísticas, a meta já foi alcançada. “Acreditamos ter superestimado a quantidade de grávidas e, no caso das crianças, muitas foram contabilizadas no grupo de doentes crônicos, ou vacinadas antes de completar 2 anos, o que explica a cobertura de 119% no grupo de crianças menores de 2 anos de idade.”
Os demais grupos – trabalhadores de saúde, indígenas, doentes crônicos, crianças de até 2 anos, jovens de 20 a 29 anos e adultos de 30 a 39 anos – atingiram a meta de vacinação.
Nos estados, o que apresenta a maior cobertura é o Paraná (106% do total a ser vacinado), seguido por São Paulo (97%) e Santa Catarina (97%). Roraima foi o último colocado, com 69% do público-alvo imunizado.
Medicamentos
Mesmo sem o risco de uma epidemia, o Ministério da Saúde vai distribuir aos estados 1,9 milhão de medicamentos destinados ao tratamento do H1N1 para enfrentar um possível aumento da doença durante o inverno. As doses são suficientes para tratar 38 vezes mais casos do que o número de ocorrências graves que atingiram o país no ano passado (48.978). Segundo o ministro da Saúde, “é um estoque estratégico para o caso de uma pandemia ou para a manifestação de um novo tipo de influenza”.
O estoque, destinado ao uso adulto e pediátrico, só será liberado pelo ministério em caso de necessidade comprovada. Uma parte será destinada à rede de farmácias populares, em que 90% do preço será subsidiado. Neste ano, foram registradas 609 internações e 74 mortes em decorrência da influenza A (H1N1).
Fonte: Fetamce