A ideia é acabar com a carreia política dos políticos que traíram o povo, ao votarem a favor da Lei da Terceirização irrestrita, da reforma trabalhista e da Emenda 95, do congelamento dos investimentos públicos por 20 anos
No próximo dia sete de outubro, os brasileiros voltam às urnas em eleições para eleger presidente, senadores, deputados federais, governadores e deputados estaduais. Há pouco mais de dois anos, um golpe institucional destituiu a presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente, sem que tenha cometido crime algum.
O golpe parlamentar foi tramado pela elite brasileira, inconformada com a derrota nas urnas em 2014, gestado pelos partidos burgueses. Foi um golpe com apoio jurídico e midiático para interromper um ciclo progressista de 12 anos.
A substituição do comando do país foi o estopim de uma série de outros golpes, atingindo em cheio a classe trabalhadora. Os mesmos que colocaram Michel Temer no poder votaram a favor da Lei da terceirização irrestrita, que está esgarçando o serviço público municipal; que instituíram a reforma trabalhista, que esmaga a organização e as principais garantias da massa operária brasileira; e que colocaram em vigência a Emenda 95, que congelou os investimentos em saúde, educação, assistência social e etc. por 20 anos e está destruindo as políticas sociais.
Isso porque a burguesia não admite viajar de avião com trabalhadores, compartilhar a universidade com pobres e negros, muito menos que a empregada doméstica use um perfume igual ao seu. O golpe tem, sobretudo, caráter classista; portanto, a saída para nós trabalhadores é a luta e o voto contra os golpistas.
É hora de reagir e dar o troco!
Assim, a Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) convoca os servidores públicos, assim como todos os demais trabalhadores cearenses, para uma grande reação popular contra o desmonte dos direitos e da Democracia.
Por meio do desenvolvimento da campanha “Votou contra trabalhador, não volta”, a entidade pretende envolver sindicatos e movimentos sociais numa grande frente de luta contra o retrocesso e dar troco: a ideia é acabar com a carreia política dos deputados e senadores cearenses que traíram o povo e foram a favor das medidas que destroem direitos e que fomentaram a tentativa de reforma da previdência de Temer.
“Os políticos anti-trabalhadores destruíram e rasgaram nossos votos. Se aliaram ao vice-presidente, Michel Temer, salafrário, traidor, para derrubar a mulher e assumirem a Presidência da República. Rasgaram a Constituição Brasileira, deram um golpe na democracia e agora querem eleger um novo governo e um novo Congresso capaz de destruir as demais conquistas dos trabalhadores, da juventude e do povo mais pobre. Não aceitamos a continuidade da política iniciada pelo ilegítimo de Temer, que impõe um programa de atrasos e retrocessos”, enfatiza Enedina Soares, presidenta da Fetamce.
Para a dirigente máxima do ramo dos servidores municipais no Ceará, é necessário que a massa de trabalhadores tenha completo entendimento que o seu voto em um parlamentar anti-povo pode permitir a continuidade da destruição do Brasil e dos brasileiros.
“Nós estamos reagindo nas ruas em todo o País e a eleição de sete de outubro é o momento decisivo da gente reagir nas urnas contra os que querem acabar com nossos direitos. Precisamos eleger deputados federais que estejam do nosso lado. Eleger senadores do nosso campo. Eleger deputados estuais progressistas e colocar no poder governadores e um presidente aliados da classe trabalhadora, aliados do povo”, complementa Enedina Soares.
Abaixo, a Fetamce disponibiliza materiais da campanha “Votou Contra Trabalhador Não Volta” e conclama os trabalhadores a não devem votar em quem apoia o golpe e defende retrocessos: