Os manifestantes caminharam – entoando cantos e segurando cartazes – pela avenida Borges de Medeiros, atrás de uma bateria de escola de samba e um carro de som no qual lideranças de várias organizações se revezavam fazendo discursos.
Um grupo de sindicalistas – ligados principalmente à Central Única de Trabalhadores (CUT) e à Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) – segurava uma faixa com o seguinte dizer: “Resistência contra as mudanças na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas)”.
O presidente gaúcho da CUT, Claudir Nespolo, disse que o fórum de 2017 é “o momento de lutar contra os ataques do governo Temer e sua base no Congresso Nacional aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários”.
“Neste ano, o evento tem um papel especial, porque, nos momentos de crise, como o que estamos vivendo, o pensamento conservador ganha força. Então, é uma oportunidade para reorganizar a esquerda, aprofundar os laços de solidariedade entre as organizações e fortalecer as ações. O fórum impulsiona as forças progressistas”, avaliou Nespolo.
Um grupo de indígenas segurava uma faixa que dizia: “Índio é terra. Não dá para separar. Queremos demarcação já”. Uma das pessoas que segurava essa faixa era o índio caigangue da reserva indígena Borboleta, João Carlos Padilha. Ele reivindicou a demarcação de terras indígenas. “Nossa principal causa continua sendo a demarcação, pois o conflito pela terra é uma das causas que mais mata no Brasil”, comentou Padilha.
Também havia ativistas de outros movimentos, como o representante do Fórum Paranaense de Religiões de Matrizes Africanas, Márcio Marins de Jogum. “Depois do golpe contra a presidente Dilma Rousseff, percebemos que tem ocorrido um desmantelamento de secretarias que desempenhavam um papel muito importante para a população negra e as comunidades tradicionais de matrizes africanas. O fórum é um momento de avaliar a conjuntura nacional e ver como podemos garantir os direitos da população”, analisou o ativista.
Fonte: Fetamce