A Justiça determinou que a Prefeitura do Crato, no interior do Ceará, demita servidores comissionados indicados por políticos. A decisão do juiz da 1ª Vara Cível do Crato José Batista de Andrade manda também que a prefeitura convoque servidores aprovados em concursos públicos.
Segundo o Ministério Público, a Prefeitura do Crato tem 888 servidores contratados temporariamente, em cargos comissionados na área de educação, saúde e administração. Os funcionários, segundo o MP, são indicados por políticos da cidade.
Para a promotoria, há um excesso de contratados temporariamente. “São 360 concursados enquanto há 888 temporários. Quer dizer, ainda há um restante de 528 pessoas, mesmo que todos os 360 sejam convocados”, diz o promotor de Justiça Raimundo José Bezerra.
A Justiça deu um prazo à Prefeitura do Crato até terça-feira (23) para que todos os comissionados sejam demitidos dos serviços públicos. A prefeitura informou que não tem o número suficiente de aprovados em concurso público e que vai recorrer da decisão.
“Já estamos entrando com agravo de instrumento junto ao Tribunal solicitando a suspensão desse prazo para que o município se adeque. O município também tem estudo de um novo concurso público para o preenchimento daquelas vagas que não foram ofertadas no último concurso”, explica George Borges, procurador da Prefeitura do Crato.
Na semana passada, a Justiça determinou o afastamento de servidores de Juazeiro do Norte, cidade vizinha ao Crato. Em Juazeiro do Norte, trabalhavam a mulher e parentes do prefeito da cidade, Raimundão.
Fonte: Fetamce