Janaina Dutra, militante LGBT do Ceará, é uma das homenageadas no Congresso da CUT Brasil

Na esquerda, o momento em que Janaina é homenageada. Foto: Montagem de imagens da CUT e da Confetam.

Abertura da 15º Plenária/Congresso Extraordinário e Exclusivo aconteceu em São Paulo (SP). 45 cearenses integram o evento.

Na noite desta terça-feira (28), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizou a solenidade de abertura da 15º Plenária/Congresso Extraordinário e Exclusivo, que tem como tema: “100 anos depois…A luta continua! Nenhum Direito a Menos”.

Comandada pela Companhia de Teatro Ouro Velho, a cerimônia homenageou diversas pessoas que lutaram pela classe trabalhadora nos 27 estados brasileiros. Para representar o Ceará, foi escolhida a reconhecida líder travesti do movimento LGBT, Janaia Dutra. Uma placa que fazia referência à personalidade foi carregada pelo Secretário LGBT da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Rafael Fernandes.

Janaina também cumpriu cargos de liderança como membro da presidência da Associação das Travestis do Ceará (Atrac) e da Articulação Nacional das Travestis (Antra). Foto: Reprodução da Internet.

Falecida em 2004, Janaína foi a primeira transexual portadora de carteira profissional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) com uso de seu nome social. Exerceu trabalho pioneiro junto ao Ministério da Saúde na elaboração da primeira campanha de prevenção da AIDS e é uma das fundadoras do Grupo de Resistência Asa Branca (GRAB), ONG pioneira na luta pela diversidade sexual no Ceará.

Também foram destacadas as biografias do seringueiro Chico Mendes, da psiquiatra Nise de Oliveira, do trabalhador rural Nativo da Natividade, do antropólogo Darcy Ribeiro, de Margarida Alves, entre outros.

“É muito lindo ver que a CUT pensou em trazer toda a diversidade de lutas para esta abertura, destacando que a resistência passa por todas as pessoas, de todos os tipos, cores e amores. Estamos fortalecidos para bater de frente com esta conjuntura de desmonte dos direitos e da democracia”, disse Rafael.

Participação do Ceará

Delegação do Ceará, liderada pelo presidente da CUT estadual, Wil Pereira.

O Ceará participa do Congresso com uma delegação de 45 pessoas – sendo 29 delegados e delegadas eleitos/as na plenária estadual e o restante, delegados/as natos/as da CUT-CE e Confederações filiadas à CUT.

Os servidores municipais do estado, liderados pela Fetamce, contam com cinco delegados eleitos na etapa estadual da Plenária/Congresso. São eles Enedina Soares, Nadja Carneiro, Ninivia Campos, Rafael Fernandes e Pablo Neves, todos dirigentes da Federação.

Também compõem a delegação do ramo, Graça Costa, Vilani Oliveira, Ozaneide de Paula, e Carmem Santiago. A primeira é secretária de relações do trabalho da CUT Nacional e as três últimas representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT).

Discursos

Vagner Freitas, dirigente máximo da Central, discursa. Foto: Divulgação/CUT

“Esse Congresso é para que vocês saiam daqui energizado para a luta diária nas ruas. A imprensa e as elites já noticiaram que tudo está perdido, mas nós achamos que um outro mundo é possível. Esse Congresso vai levantar a moral da nossa tropa”, disse o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

O evento também celebra os 34 anos da Central, que foi destacado pela vice-presidenta nacional da entidade, Carmen Foro: “Nós fomos chamados para um momento de profunda reflexão sobre o futuro de nossa organização e da nossa luta. Eu tenho certeza que de tudo que vamos aprovar nesse Congresso, tem questões que serão grandes desafios. Um deles é melhorar nossa compreensão da luta de classes (…)Viva a maior central sindical da América Latina”, afirmou Carmen, que fez um recorte racial em sua fala.

Já presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, convidada Congresso, lembrou que “durante os 34 anos de sua existência, a CUT se caracterizou pela defesa da classe trabalhadora” e também chamou a atenção para a defesa da das camadas mais pobres da população.

“Nunca tivemos um acirramento da luta de classes como agora. Há um acirramento da retirada de direitos. Em menos de um ano e meio desde que eles deram o golpe, destruíram a CLT e agora estão vendendo o Brasil em um saldão”, encerrou Gleisi.

Com informações das CUT Ceará e Brasil


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