Guarda Municipal de Icó agride professora em abordagem de transito forjada

Após os episódios de violência contra os professores de Icó registrados em fevereiro de 2018, a categoria sofre mais um ataque das forças opressoras comandadas pela Oligarquia da Família Nunes, comanda por Laís e Neto Nunes, respectivamente prefeita e ex-prefeito da cidade.

Desta vez, a vítima foi Karla Débora, professora e uma das participantes mais ativas da resistência à redução salarial que atingiu 362 professores de Icó. A profissional sofreu uma abordagem violenta da Guarda Municipal, na manhã de ontem (10/05). Mais uma vez, o comandante da agressão é o Sargento Geilson Lima, responsável pela selvageria do início do ano, que repercutiu no Brasil e no mundo. O militar chefia a Secretaria de Segurança Pública da localidade, que controla o trânsito e a Guarda.

Karla narra que enquanto transitava com seu veículo particular, após sair da escola onde trabalha, foi abordada de forma truculenta, sendo seu carro interceptado por duas viaturas. A professora foi agredida, xingada, algemada e conduzida à delegacia, em uma suposta abordagem de trânsito. Não houve direito de defesa ou mesmo checagem de sua documentação. No fim das contas, a profissional provou que seu veículo encontrava-se totalmente regular e de acordo com as leis, ou seja, com IPVA pago e sem restrição alguma de multa ou qualquer outra coisa.

Após todo o constrangimento e agressão, já que os guardas usaram da força, Karla Débora só foi solta após colegas e representantes dos sindicatos dos servidores e professores de Icó irem ao seu socorro, inclusive buscando apoio jurídico.

Conforma a vítima e os representantes do movimento sindical, tudo leva a crer que esta situação é mais um capítulo da cruel situação vivenciada pelos servidores e população de Icó, sujeitos ao coronelismo local, que, tal qual na República Velha, no início do Século XX, ou na Ditadura Militar, comandam a cidade passando por cima de leis e liberdades democráticas.

Representantes sindicais e colegas prestam solidariedade à Karla Débora

A assessoria jurídica, que prestou atendimento à educadora, explica que a autoridade da autarquia de trânsito vai responder por abusos de autoridade, uso excessivo da força, agressões físicas. “Como agente público, também responderá por exceder uso de suas atribuições legais”, afirmam.

A professora Enedina Soares, presidente da Fetamce, acompanha o caso e, desde ontem, presta solidariedade e apoio institucional. “Não vamos aceitar a criminalização das pessoas que lutam por seus direitos. Venho manifestar a minha solidariedade a professora Karla Débora de Icó, que foi mais uma vítima dos desmandos em Íco. Mas mais uma vez vamos denunciar essas atrocidades e resistir a política do medo implantada no município. Não calarão a nossa voz”, disse Enedina.


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