A pressão surtiu efeito e depois de movimentar a sociedade, a imprensa e a classe política, os professores de Aratuba alcançaram o reajuste de 10%. Foi necessário a categoria entrar em greve para que a prefeitura da cidade cumprisse o acordo fechado há alguns meses em mesa de negociação com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Aratuba (Sindiara). O aumento terá efeito retroativo a 1º de janeiro de 2015.
Os educadores conquistaram ainda a implantação da Lei Municipal nº 479/2015, que trata da ampliação definitiva de carga de 20h para 40h de trabalho de professores integrantes do quadro permanente do magistério público. Também o reajuste do deslocamento dos professores para as escolas quando a quilometragem ultrapassar três quilômetros para R$ 0,79, conforme artigo 45 da Lei Municipal nº 349/209, que trata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Magistério.
Enedina Soares, presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), avalia que as conquistas são fruto da grande organização e precisão do sindicato na condução do movimento de greve. “O Sindiara soube construir uma greve forte, com apelo em todos os setores sociais, tornando pais, estudantes, imprensa, entidades sindicais parceiras e políticos parte do processo, o que permite agora comemorarmos as vitórias”, enfatizou a dirigente, que nas últimas semanas acompanhou a greve em Aratuba e percorreu a Assembleia Legislativa com os professores.
Negociação
Mediada pelo Ministério Público, a negociação para a execução de toda a pauta da categoria pela prefeitura foi realizada na última sexta-feira, 28 de agosto. Após isso, uma assembleia deu fim à greve.
O acordo coloca ainda o fim dos sábados letivos, a garantia de que não serão descontados os dias em greve ou mesmo qualquer retaliação aos profissionais que participaram da greve.
Fonte: Fetamce