Fetamce realiza seminário em defesa da diversidade no serviço público

Com o lema “Por um município que respeite e garanta direitos para todes”, a Fetamce realizou, nesta quinta-feira (03), o seminário Serviço Público de Todas as Letras: LGBTQIAPN+. A atividade, sediada na ADUFC Sindicato, em Fortaleza, reuniu lideranças de diferentes áreas para discutir políticas públicas, combate à discriminação e valorização da diversidade sexual e de gênero no serviço público municipal.

A presidenta da Fetamce, Enedina Soares, destacou a importância do evento como mais um passo na construção de um sindicalismo que reflita a pluralidade da classe trabalhadora:

“Não é possível pensar em um serviço público democrático se não houver respeito à diversidade. A defesa da população LGBTQIAPN+ precisa estar no centro da nossa atuação sindical. Estamos aqui para dizer que todes importam, todes trabalham, todes merecem respeito e direitos”, afirmou.

Compondo a mesa de debate, a secretária da Diversidade do Estado do Ceará, Mitchelle Meira, ressaltou a necessidade de unidade entre as pautas sociais e trabalhistas. Para ela, é fundamental que o movimento LGBTQIAPN+ também some forças a agendas da classe trabalhadora, como o fim da escala 6×1, uma reivindicação central para a dignidade laboral no país.

Já o secretário executivo da Diversidade Sexual da Prefeitura de Fortaleza, Narciso Júnior, apresentou os principais projetos da capital cearense voltados à população LGBTQIAPN+, reforçando o papel do poder público municipal na promoção de políticas de inclusão e enfrentamento à LGBTfobia institucional.

A multiartista Stefany Mendes chamou atenção para a necessidade de se pensar políticas públicas que vão além da educação formal. Ela defendeu investimentos em formação empreendedora como uma estratégia de emancipação econômica para pessoas LGBTQIAPN+, especialmente aquelas que enfrentam barreiras no mercado de trabalho tradicional.

A atual Miss Beleza Trans Ceará 2024, Alessandra Oliveira, emocionou o público ao relatar um recente episódio de transfobia sofrido em um supermercado de Fortaleza. Ao relatar o constrangimento provocado pela abordagem de uma funcionária, Alessandra fez um pedido de socorro em nome das pessoas trans e travestis: “A violência que a gente sofre diariamente não é exceção, é regra. Precisamos de proteção, respeito e justiça”.

Silvinha Cavalleire, presidenta da União Nacional LGBT, finalizou as falas da mesa com uma convocação à valorização das vidas LGBTQIAPN+. Para ela, o reconhecimento e a visibilidade são condições essenciais para que essas pessoas ocupem seu lugar na sociedade com dignidade e cidadania.


Warning: A non-numeric value encountered in /home/storage/b/b6/b5/fetamce/public_html/wp-content/themes/Newspaper/includes/wp_booster/td_block.php on line 353

DEIXE UM COMENTÁRIO