O secretário LGBT da Fetamce, Rafael Fernades, e o também diretor da Federação, Anderson Almeida, participaram na manhã de hoje (03/08) do Seminário “Saúde sem LGBTfobia, disputando a equidade”, organizado pelo Grupo de Resistência Asa Branca, no hotel Amuarama.
A atividade integra o Projeto FOP (Formador de Opinião Pública) Asa Branca III e contou com a participação dos integrantes da iniciativa, além de gestores e profissionais de saúde.
Os debates giraram em torno da promoção da diversidade e acolhimento da população LGBT no sistema de saúde. O evento enfatizou a importância da participação desta população no debate voltado a assuntos relevantes com foco nas políticas públicas para o público-alvo.
“Temos a compreensão de que é necessário ousar e garantir a consolidação de políticas públicas que promovam a cidadania das pessoas que estão vulneráveis socialmente e historicamente. O propósito é construir diálogos para fortalecimento e respeito à diversidade de gênero e cultural dos indivíduos que enriquece a nossa rede de saúde pública”, destacou Rafael Fernandes.
A realidade mostra que os profissionais de saúde ainda não compreendem as questões que envolvem as relações sociais de gênero e da diversidade sexual e o resultado disso é o preconceito.
Hoje, é necessário, entretanto, reconhecer os avanços de medidas como a inclusão do nome social de travestis e transexuais no cartão do Sistema Único de Saúde, que tem como objetivo reconhecer a legitimidade da identidade desses grupos e promover o maior acesso à rede pública. Temos ainda, desde 2008, no SUS, a possibilidade de cirurgias e procedimentos ambulatoriais para pacientes que precisam fazer a redesignação sexual. Entre 2008 e 2016, ao todo, foram feitos 349 procedimentos hospitalares e 13.863 procedimentos ambulatoriais relacionados ao processo transexualizador.
“Um dos grandes desafios do Sistema Único de Saúde, atualmente, é combinar as políticas universais, que atendem a toda a população, com as políticas que precisam quebrar barreiras sociais, culturais, de preconceito”, explica Anderson Almeida.
“Se os serviços de saúde não têm estratégias que permitam o adequado acolhimento de travestis e transexuais, esses grupos se tornarão cada vez mais vulneráveis”, finalizou o secretário LGBT da Fetamce.