A presidenta do Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação no Município de Maracanaú (Suprema), Joana D’arc, e o diretor da entidade, professor Moésio, foram ameaçados por criminosos durante rota de visitas às escolas da rede municipal da cidade, na tarde de ontem (9), que objetivava distribuir agendas, informes sobre a campanha salarial e o resultado do debate do Plano de Carreiras da categoria. Os representantes sindicais estavam dentro de um táxi, em uma rua do bairro Alto Alegre, quando foram surpreendidos por homens armados que questionavam o que o grupo de professores fazia na região. Segundo Joana, foram apontadas armas na cabeça dela e de Moésio. “Eles diziam: vocês são loucos de virem aqui sem a gente permitir”, contou Joana.
Ainda segundo a presidenta do Suprema, nada foi levado, mas ficou a situação de pânico vivenciada com a ameaça feita pelos homens, que a professora acredita serem pertencentes a grupos de criminosos que atuam na região pobre de Maracanaú. Mas, mesmo depois do susto e da intimidação, Joana voltou hoje ao bairro, desta vez conseguindo chegar às escolas da região. “Hoje (10) estivemos nas escolas de Alto Alegre e descobrimos que nesta mesma semana professores foram impedidos de chegar às escolas e sofrem ameaças cotidianas”, destaca Joana, que entende ser necessária uma intervenção conjunta da Prefeitura e da Secretaria Estadual de Segurança Pública. “Vamos expedir ofício para a Secretaria de Segurança. Precisamos de uma ação diferenciada, pois é a nossa vida, dos professores e demais trabalhadores das escolas, um dos grupos mais ameaçados”, completou a presidenta.
Mas não para por ai. Segundo o Suprema, escolas na proximidade da Ceasa e em Pajuçara também têm apresentado problemas semelhantes. “Infelizmente não é só no Alto Alegre, mas na periferia da nossa Maracanaú onde verificamos graves riscos à vida dos profissionais da educação. Queremos segurança!”, desabafa e finaliza Joana D’arc.
Fonte: Fetamce