Diretor da CUT, Jacy Afonso, visita a FETAMCE

Em visita ao Ceará neste fim de semana, o Secretário de Organização Sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Jacy Afonso de Melo, esteve na nova sede da Fetamce. O dirigente nacional cutista foi recepcionado pela executiva da FETAMCE, liderada pela presidenta Enedina Soares, pela presidenta da CONFETAM, Graça Costa, e pela Secretária de Mulheres da CUT Ceará, Carmem Santiago.


Originado da categoria dos bancários, além de representante da CUT, Jacy Afonso é membro do Conselho Curador do FGTS, compõe o Comitê Gestor do Fundo de Investimentos do FGTS, participa do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), e é vice-presidente do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).


Em reunião na Fetamce, Jacy falou sobre movimento sindical, organização dos trabalhadores do serviço público, formação de lideranças e desafios do movimento dos trabalhadores, como a precarização.

Jacy ponderou sobre os desafios do movimento sindical neste momento de desmobilização de muitas categorias ou de perseguição ao movimento sindical, especialmente os servidores públicos, que assistem suas greves e manifestações serem alvo de perseguição do judiciário, que leva o movimento a ilegalidade. Ele defendeu a regulamentação do direito de greve dos servidores públicos, como prevê o Artigo 37 da Constituição de 1988. “Enquanto o direito de greve do servidor público não for definido, a questão continua sendo resolvida pela Justiça. Precisamos atuar com mais energia nesta frente”, defende Jacy.


O bancário trouxe a tona a importância da organização dos sindicatos e a necessidade de aproximação das bases. “Nós viramos sindicalistas porque alguma coisa nos incomodou, então a vida sindical é perseguir objetivos coletivos, mas o problema é que nós sindicalistas estamos domesticados, não estamos reagindo. Precisamos avançar, pois não é possível ser sindicalista se não se entregar aos sindicatos, tem que gostar de povo, aproximar-se dos problemas. Nós temos a missão de levar as pessoas a perceberem os espaços de poder que ocupam e fazer com que trabalhem para a derrota das desigualdades que são impostas a elas”.

O Secretário de Organização Sindical lembra que “essas lutas estão associadas à necessidade de defesa da redução da jornada de trabalho e da ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT”. Elaboradas pelo movimento sindical, especialmente o cutista, em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) a primeira medida propõe a instituição da negociação coletiva no setor público e a segunda proíbe as demissões imotivadas na iniciativa privada. As duas medidas representarão enorme avanço nas relações trabalhistas no país, marcadas até hoje pela vigência da ditadura das empresas. O dirigente cutista frisou que a Central continua também na briga pela ratificação da Convenção 87 da OIT, “que garante a liberdade e a autonomia sindical”, ressaltando que a CUT também é contra o imposto sindical, “pois entendemos que a taxa negocial, aprovada em assembléia, com direito de oposição, é a forma mais democrática”.


Quanto a precarização nas relações de trabalho e o embate com os governos populares, com representantes que começaram a sua militância no movimento sindical, o secretário chamou a atenção para a atuação em duas frentes. A primeira diz respeito sobre a continuidade da defesa dos direitos dos trabalhadores como a prioridade do movimento sindical, reaproximando as direções das bases para o necessário avanço das lutas e a segunda trata da independência frente aos governos. “Sindicato é sindicato e governo é governo. As pessoas têm que saber diferenciar o papel que ocupam e cabe ao movimento sindical ter uma atitude crítica frente aos governantes, especialmente em um cenário de governo popular, que não realizou as reformas e as políticas que os trabalhadores necessitaram”, frisa.


Ainda sobre a precarização, Jacy Afonso apontou para a necessidade de maior controle sobre o sistema financeiro e organização da classe trabalhadora para a garantia de direitos.

Servidores Municipais
Jacy Afonso observou a importância do trabalho desenvolvido pela CONFETAM e FETAMCE e seus inúmeros sindicatos municipais, aproximando a CUT dos problemas concretos da população, das cidades e dos funcionários municipais em todo o Brasil. Também a importância de que todo e qualquer sindicalista assuma um papel mais ativo de representante de CUT sendo sua voz nas mais diferentes mobilizações em todo o país, atitude a qual os municipais são um dos seguimentos mais exemplares.

Observou também a força do grupo, que é o terceiro maior ramo da CUT. A CONFETAM representa mais de 700 sindicatos e 17 federações, são quase 400 mil associados e mais de 1,2 milhão de trabalhadores na base. Já a FETAMCE tem em sua base mais de 140 sindicatos em todo o estado do Ceará. “A organização do serviço público deve ser permanente, é do interesse do conjunto da sociedade, por isso não podemos transformá-la numa ideologia das carreiras”, sublinhou.


Enedina Soares, presidenta da FETAMCE, enfatizou que a entidade, enquanto representação cutista, continua firme nos compromissos elencados por Jacy e renova constantemente a necessidade de mobilização ao ouvir e dar eco aos desejos de sua base.


Por fim, a presidenta da CONFETAM, Graça Costa, frisou que cada sindicato de servidores tem alta visibilidade e contribui para aumentar a credibilidade do movimento sindical da CUT. “Com isso, fortalecemos a presença nas lutas salariais, de condições de trabalho e outras importantes manifestações políticas da vida da cidade”, completa.

Assessoria de Comunicação – FETAMCE
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Fonte: Fetamce


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