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Estudo publicado nesta segunda-feira (16) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontam que nos anos 2009 e 2010 ocorreram 964 greves no país. Foram 518 greves em 2009 e 446 em 2010.
De acordo com o Dieese, os números são os maiores da última década, superando o total de greves ocorrido em 2008, que foi de 411 greves.
O departamento explica que a pesquisa foi realizada a partir da base de dados do Sistema de Acompanhamento de Greves, desenvolvido e mantido pelo próprio departamento e que reúne informações das greves desde 1978. O sistema é abastecido com notícias sobre greves veiculadas em jornais impressos e eletrônicos e da imprensa sindical.
O Dieese ainda informou que o número de greves de trabalhadores da esfera privada, em 2009, foi maior (266) do que na pública (251). Já em 2010, o número de greve em empresas privadas (176) foi menor do que no funcionalismo público e nas estatais (269). Houve uma greve que envolveu os dois segmentos em ambos os anos.
O estudo ainda apontou que em 2009, o total de horas paradas chegou a 34.730, a maior parte delas na esfera pública (25.316 horas). Já em 2010, o total de horas paradas alcançou 44.910 horas, dos quais 38.085 horas no setor público.
Segundo o estudo, o número total de greves ocorrido em 2009 pode estar na crise econômica mundial, que afetou principalmente a indústria.
“O ambiente econômico adverso e marcado por grande incerteza ensejou greves de caráter mais defensivo contra demissões em massa e tentativas de flexibilização – ou descumprimento – de direitos e condições de trabalho”, diz o estudo.
Em 2010, a recuperação da economia repercutiu na redução do número de greves, principalmente na indústria.
Diferenças entre o público e o privado
O Dieese esclareceu que a diferenças entre os setores público e privado se deve à ausência de regulamentação da negociação coletiva de trabalho no setor público e também ao fato de que, na esfera pública, as negociações são geralmente mais complexas, já que envolvem vários órgãos e instâncias de poder.
Causas
O Dieese informou ainda que ao olhar os causas das greves verificou-se que a maior motivação é a buscas por melhores salários (266 greves,2009; e 214 greves,2010), seguida pela reivindicação de plano de cargos e salários e auxílio-alimentação.
Com informações da Agência Brasil
Fonte: Vermelho CE
Assessoria de Comunicação – FETAMCE
Fonte: Fetamce
