Ato na Praia de Iracema pede fim do racismo e do genocídio de jovens


No dia da Consciência Negra, 20 de novembro, o Levante Popular da Juventude, a Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CUT/CE), a Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), a União de Negros pela Igualdade (Unegro), a Rede Kilofé e jovens de vários bairros de Fortaleza realizaram o ato “A Juventude Negra quer Viver”, denunciando o genocídio deste segmento no Brasil.


 


A atividade teve indício no Dragão do Mar em direção ao calçadão da Praia de Iracema e relembrou a morte de 11 jovens do Curió, em chacina na Grande Messejana. Os assassinatos ocorreram em 2015. A Justiça decretou a prisão preventiva de 44 policiais militares, denunciados pelo Ministério Público, por suspeita de participação nos crimes. Das vítimas fatais, apenas dois respondiam por crimes de menor gravidade, um por acidente de trânsito e o outro por falta de pagamento de pensão alimentícia, ou seja, o crime dos jovens era serem negros, pobres e da periferia.


 


“Para nós agora é um momento de nos organizarmos, para estar em luta porque a conjuntura não está favorável e também estamos aqui para lutar contra o racismo e o genocídio da população negra”, disse Ninivia Campos, secretária de combate ao racismo da Fetamce.


 


Neste ano, o manifesto evocou palavras de ordem com “Fora, Temer” e “Nem um Direito a Menos”. Uma das bandeiras dos participantes foi a não aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que propõe o congelamento dos gastos públicos por 20 anos. Os movimentos sociais alegam que, se aprovada, a PEC atingirá principalmente os programas sociais voltados para a educação e a saúde. Eles também são contrários à reforma da Previdência.


 


Entre as reivindicações estão ainda a manutenção e fortalecimento das políticas públicas de promoção da igualdade racial nas cidades em que ainda não existem; manutenção das políticas públicas para as mulheres, especialmente para as negras; e defesa de políticas de ação afirmativa, com corte racial e de gênero, com implantação de medidas para ampliar a participação de mulheres negras nos espaços e poder.


Fonte: Fetamce


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