Dirigentes da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) e de sindicatos filiados participaram na manhã de hoje (20/09) da manifestação “Amanhecer Pela Vida das Mulheres”, que reuniu mulheres de movimentos feministas e sociais, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil e do poder público.
Uma intervenção com 315 cruzes fincadas na areia da praia referenciou os assassinatos das centenas de mulheres, até a primeira semana de setembro deste ano. Em comparação com o mesmo período de 2017, o número de mulheres mortas cresceu 60% em 2018.
O ato também denuncia a subnotificação dos casos de feminicídio por parte de órgãos oficiais do Governo. Por exemplo, de acordo com as informações da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará, entre os 315 registros, apenas 10 casos foram categorizados como “feminicídio”.
“Até mesmo a morte da professora Silvany Inácio de Sousa, assassinada em praça pública na cidade do Crato, pelo ex-marido, na frente do filho, foi registrado pela SSPDS como ‘homicídio doloso’”, denuncia a nota divulgada pelo Fórum Cearense de Mulheres, organizador do evento.
“A violência contra nós tem raiz no patriarcado, no machismo, no racismo, no capitalismo e na heteronormatividade. Sistemas que tentam nos impor a submissão, a superexploração, a banalização de nossos corpos e das nossas vidas”, complementa a nota, explicando os pilares do preconceito contra a mulher.
O ato foi promovido por instituições, como Fórum Cearense de Mulheres (FCM); Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB); Escritório de Diretos Humanos Frei Tito de Alencar; Movimento Ibiapabano de Mulheres (MIM);Instituto Negra do Ceará (Inegra); Associação Mulheres em Movimento (AMEM); Cáritas Diocesana do Cariri; Cáritas Fortaleza Cáritas Regional Ceará; Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA); Coletivo Tambores de Safo; e Fórum Popular de Segurança Pública.
Com informações do Diário do Nordeste