Aprovada na última terça (12), no Congresso Nacional, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estipulou que, a partir de 2023, o valor do salário mínimo (SM) será de R$ 1.294, mais uma vez sem aumento real, só com a reposição da inflação, já que o presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou com a política de valorização do SM criada nos governos do PT, que garantia aumentos reais, ou seja, acima da inflação.
E para piorar ainda mais a vida da baixa renda, se Bolsonaro não corrigir a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), como já prometeu várias vezes e não cumpriu, os trabalhadores e trabalhadoras formais que ganharem um salário mínimo e meio (R$ 1.941) vão ter de pagar o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) a partir do próximo ano. Hoje, quem ganha até R$ 1.902, é isento do imposto de renda.
”Essa defasagem na tabela de isenção do Imposto de Renda faz com que as pessoas, em especial as mais pobres, proporcionalmente paguem mais impostos do que as de maior poder aquisitivo, seja por não aumentar as alíquotas para quem ganha mais, seja por não tributar grandes fortunas”, declarou Enedina Soares, presidenta da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (FETAMCE).