No dia 6 de setembro, a partir das 7h40, realizou-se o 17º Grito dos Excluídos e Excluídas, em Independência, pelas ruas da cidade foram totalizados mais de 800 pessoas que saíram pelas ruas de nossa cidade . A mobilização já faz parte do calendário das lutas sociais do povo como forma de manifestação organizada, criativa e construída em mutirão pelas forças vivas da nossa cidade: comunidades, paróquia, movimentos populares, sociais, sindicatos, estudantes e diversas pessoas de boa vontade.
Iremos denunciar as injustiças da sociedade brasileira e propor alternativas para o Brasil a partir da organização popular.
A organização do Grito vem para demonstrar que a independência comemorada pelo desfile militar não representa a independência do povo brasileiro. Enquanto o Estado exibe as armas dos militares, nós apresentaremos as armas da organização popular .O lema do 17o Grito é “Pela vida grita a Terra… Por direitos, todos nós!”Trata-se de associar a preservação ambiental do planeta aos direitos do povo brasileiro.A nível de Município as atividades antecederam o grito; durante a Semana aconteceram as rodas de conversas em todos os setores de nossa cidade,conseguimos reunir as pessoas dos bairros com o objetivo de questionar a situação de opressão vivenciada por uma grande parcela da população que sofrem por não ter saneamento básico, descaso ao atendimento á saúde e a educação de qualidade, a Impunidade, a Segurança incluindo a violência no trânsito que tem crescido aterrorizadamente nos últimos anos.
Realizamos também nas escolas e nos programas da Radio comunitária debates ,rodas de conversas sobre os eixos a trabalhados ,como o modelo econômico, questão ambiental, juventude e direitos sociais. O eixo do modelo econômico irá denunciar a destinação de grande quantidade de recursos da União para o pagamento de juros da dívida pública, ao invés de priorizar investimentos nas áreas sociais.
O eixo ambiental irá denunciar a utilização de agrotóxicos na produção de alimentos e os impactos na saúde da população. Além disso, irá propor a realização da reforma agrária e a ampliação de recursos públicos para agricultura camponesa, que são maneiras de incentivar a produção de alimentos saudáveis no campo.
O tema da juventude irá trazer à reflexão a situação do extermínio de jovens, sobretudo dos jovens negros e pobres. Além do expressivo número de homicídios, também tem crescido o número de jovens, de 16 a 24 anos, que se encontram encarcerados.
No eixo de direitos sociais, serão apresentados os direitos fundamentais da população e que não se efetivam na prática, como o direito à educação, à saúde, à alimentação, à segurança pública e à moradia.
Os Servidores Públicos Municipais também se envolveram nas rodas de conversas reivindicando PCCRS ,valorização dos Profissionais da Saúde e Educação e no Cumprimento a lei do piso salarial,direitos constituídos(insalubridade,adicional noturno,equipamentos adequados para Agentes de Endemias ,medicamentos e equipamentos hospital ; atuação dos conselhos municipal da saúde e da educação e equipes completas nos PSFs para melhor atender a população. O grito também se deu contra o assedio moral nas instituições públicas.
A programação constou de uma caminhada por algumas ruas em que os excluídos e excluídas passam, estão, convivem, e através de faixas,cartazes ,musicas reflexivas e falas de reivindicações a população manifestam sua indignação pelos direitos que lhes são negados passaram em caminhada pacificamente em frente as repartições públicas
Encerramos esse ato na praça da matriz com o hino nacional as bandeiras erguidas e as falas das representações das Escolas,Sindicato dos Servidores Públicos Municipais , do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e um momento de mística para encerrar esse evento.
É importante lembrar que saúde, educação, moradia são direitos básicos previstos na Constituição” – È importante que a população se articule e reivindique seus direitos e participe mais nos debates. “Ou a sociedade se organiza ou os direitos não vão acontecer”, ressaltamos a importância da participação popular para se ter um país independente. Lembramos que o povo só vão as ruas por que a culpa é dos governos.
Esperamos que os gritos não fique apenas nesse 1º passo de cidadania e nem só no papel ,mais que sejam concretizados ,que nos organizarmos em nossas instituições e cobrar dos governantes para que assumam sua função de cuidar dos problemas da população ,que as verbas pública devem ser utilizadas para efetivação de políticas públicas, garantindo a direitos humanos fundamentais que são violados. E que nossa população não tenha medo de lutar e reivindicar seus direitos.
Durante toda a semana da Cidadania e durante o Grito dos Excluídos e Excluídas, tivemos a cobertura completa da FM 104.9 Radio Comunitária de Independência
Fonte: Fetamce