Trabalhadores protestaram contra retrocesso e privatizações

Diante dos dois projetos que estão em disputa nessas eleições, os trabalhadores e as trabalhadoras das empresas estatais de todo o Brasil somaram forças à CUT e demais centrais sindicais e aos representantes dos movimentos sociais para ocupar as ruas na quinta-feira, dia 21/10. As mobilizações ocorreram em Brasília e no Rio de Janeiro. Na capital federal, a partir das 12h, diante da agência central do Banco do Brasil (Praça do Cebolão), os manifestantes promoveram um abraço simbólico aos bancos públicos que ajudaram a financiar o desenvolvimento do País.


Já no Rio de Janeiro, às 15h, uma passeata partiu da Candelária e seguiu até a Avenida Rio Branco, sede da Petrobrás, onde também houve um abraço simbólico à empresa como forma de demonstrar a resistência popular contra a tentativa de retorno do projeto de venda das estatais.


“Temos consciência do que representou para o povo brasileiro o programa de privatizações e desmonte do Estado promovido pelo governo FHC/Serra do PSDB e DEM”, ressalta o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes. “Não podemos permitir o retorno dessas ameaças ao nosso país. Este ato é para reforçar a nossa luta em defesa do Brasil, da soberania nacional sobre os nossos recursos naturais e em prol do povo brasileiro”, declara


Querem vender a Petrobrás – David Zylberstajn, assessor do candidato José Serra e responsável pelas propostas dos tucanos para o setor de energia, defende explicitamente o regime privatista de concessão dos blocos de petróleo e gás. Ele declarou recentemente que a aliança de PSDB e DEM não manterá a Petrobrás como operadora única do pré-sal e criticou o aumento da participação do Estado na empresa. Zylberstajn presidiu a ANP (Agência Nacional do Petróleo) no governo de Serra e Fernando Henrique Cardoso e foi um dos mais ferrenhos defensores da privatização da Petrobrás.


O prejuízo que as privatizações já causaram – Durante o governo de FHC foram vendidas empresas como Vale do Rio Doce, Embratel, Usiminas 1,94 bilhão, Açominas, Cosipa e Embraer. E mesmo aquelas que não foram vendidas, acabaram sucateadas, conforme lembra a CUT. “Nossa luta é para que esse patrimônio continue nas mãos dos brasileiros e permaneça público do ponto de vista de concessão de crédito para agricultura familiar, habitação, entre outros pontos”.


No livro “Brasil Privatizado”, o jornalista Aloysio Biondi aponta que o governo arrecadou com a venda das estatais R$ 85,2 bilhões. Porém, as contas “escondidas” mostram que há um valor de 87,6 bilhões de reais a ser descontado, levando em consideração as dívidas das estatais privatizadas que devem ser pagas pelos compradores e que o governo assumiu, e o prejuízo com os empréstimos que o governo concedeu aos felizes novos proprietários.


Além disso, há ainda prejuízos incalculáveis como a demissão de milhares de funcionários antes dos leilões para “enxugar” as contas e os lucros que o governo deixou de receber todos os anos e que estavam crescendo.


Fonte: Fetamce


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