Greves: Fortalezense tem 33 dias de paralisações em 2012

O ano de 2012 já começou marcado por movimentos trabalhistas de servidores públicos. Em todos os 33 dias do ano, alguma categoria esteve em estado de greve ou deflagrou paralisação. A onda de movimentos iniciou com os policiais e bombeiros militares nos últimos dias de 2011. E teve continuidade este ano. Logo após acordo com os PMs, foi a vez da Polícia Civil retomar as paralisações, suspensas ano passado. No momento, várias categorias do Município ameaçam cruzar os braços.

 

A grande quantidade de movimentos em sequência, no entanto, não é motivada por greves que aconteceram anteriormente. Para os especialistas, cada grupo tem suas lutas particulares. A primeira paralisação do ano – a greve da PM – conseguiu mobilizar boa parte da categoria, sensibilizar a sociedade e ter muitas reivindicações atendidas. Mesmo assim, estudiosos apontam que isso não tem força suficiente para modificar o calendário dos movimentos.


“Esses movimentos (que aconteceram após a greve da PM) já estavam programados. Eles vêm dentro de uma negociação. A greve é uma manifestação organizada, quando alguma das partes enrijece ou não avança nas negociações”, reforçou o advogado Clovis Renato, representante da Comissão de Direito Sindical da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB – CE). Para a professora do curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Adelita Carleial, as greves se repetem.


Isso ocorre por causa de problemas que não foram superados, no decorrer dos anos. “A deflagração do movimento vai depender do grau de insatisfação, da aceitação da liderança, do apoio da sociedade. E não porque outro entrou em greve”, completou. Representantes dos movimentos reforçam a tese dos especialistas. A presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort), Nascelia Silva, explicou que o movimento dos servidores municipais iniciou agora porque a data-base, antes em maio, foi antecipada para janeiro.


“Já em dezembro mandamos nossas pautas de reivindicações e, depois de cinco rodadas de negociação, nada ficou resolvido”. A presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira no Estado de Ceará (Sinpoci), Inês Romero, lembrou que os policiais civis já estavam em greve desde julho do ano passado. Suspenderam porque o Governo prometeu negociar e o movimento foi considerado ilegal pela Justiça. “O Governo disse que iria atender os policiais civis e não negociou. Aí entramos em greve de novo em janeiro”.


Apesar de não determinar a greve de outras categorias, especialistas acreditam que a paralisação da PM motivou os movimentos deste ano. “Como a Polícia conseguiu vitória, as outras categorias acabaram ganhando ânimo novo”, apontou a professora Adelita Carleial. Para ela, períodos pré-eleitorais também são propícios às paralisações. “As categorias também ganha ânimo novo”. O advogado Clovis Renato acredita que as negociações da PM podem ser um “norte” para outros movimentos.


“Se as categorias percebem que uma delas conseguiu avançar, vão poder usar isso como exemplo. Não é fazer o mesmo tipo de paralisação. As orientações servem para a mesa de negociação”.

 
ENTENDA A NOTÍCIA

Após a greve da Polícia Militar e o desenrolar das negociações, vários outros servidores públicos também iniciaram movimentos trabalhistas. Em todos os33 dias deste ano, alguma categoria esteve em estado de greve ou deflagrou paralisação na Capital.

 
SAIBA MAIS

A reunião de hoje foi agendada após encontro entre secretários de Governo, na semana passada, que discutiu mensagem a ser enviada para a Assembleia pedindo incorporação da gratificação ao salário de PMs e BMs.


O encontro gera expectativa na categoria. Para o presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (Aspramece), Pedro Queiroz, este é o momento de contemplação da pauta. “Ainda não vi nenhum avanço. A gente continua aguardando mudanças”, pontua.

 

“Estamos tranquilos. Somos sabedores que não se mexe em salários sem que haja aprovação de uma lei. Agora que a Assembleia voltou estamos esperando receber o que foi acordado a partir de 1º de março”, diz o presidente da Associação de Cabos e Soldados, Flávio Sabino.

Fonte: O Povo

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Fonte: Fetamce


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