Servidores municipais devem resistir à implantação da Reforma da CLT e da Emenda 95

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal – CUT (Confetam/CUT) realizou na última quarta-feira, 13 de novembro, em Fortaleza, o Seminário Nacional sobre Os Impactos da Reforma Trabalhista e da Emenda Constitucional 95 nas Negociações Salariais dos Servidores Municipais. O evento reuniu dirigentes sindicais do ramo vindos de todo o país.

Entre os convidados, José Silvestre, coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), e a economista Marilene Teixeira, do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT). Silvestre colocou que a nova normatização do trabalho gera insegurança jurídica a trabalhadores e a empregadores. Conforme o especialista, o desafio sindical é ainda maior neste novo contexto de desmonte dos direitos da classe operária brasileira. Já para Marilene, em janeiro de 2018, os municípios, e por consequência os servidores municipais, irão enfrentar um cenário caótico, de dificuldades não só nas negociações, mas na interlocução com os prefeitos, que terão argumento político calcado na legislação do Estado mínimo.

A saída para esse cenário desafiador, no entendimento dos participantes, é não só aprimorar as formas de organização dos sindicatos, que sofrerão uma crise de financiamento, mas também realizar uma forte resistência contra a implantação das medidas, nas negociações e na justiça. Dessa forma, os sindicalistas apontaram a necessidade de se intensificar as campanhas pela revogação da reforma trabalhista, pela revogação da lei da terceirização e pela revogação da emenda dos gastos públicos.

Veja mais detalhes na reportagem da TV Fetamce: