Em greve há 15 dias por melhores salários e condições de trabalho, os servidores da Educação do Município de Caucaia ocuparam, na manhã desta terça-feira (08), o prédio da Secretaria de Educação do Município. O objetivo é pressionar o prefeito Washington Gois a negociara a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2016, que vem sendo negligenciada pelo gestor desde que foi apresentada ao chefe do Executivo Municipal.
Na última sexta-feira (04), o prefeito recebeu a direção do Sindicato dos Servidores Públicos de Caucaia (Sindsep) para mais uma rodada de negociação. No entanto, não apresentou nenhuma contraproposta. Apenas informou a manutenção da proposta anterior: 7% para o magistério e 5,2% para os demais profissionais.
Além de nem sequer repor as perdas inflacionárias – o que significa achatamento salarial -, os índice já haviam sido rejeitados pela categoria. A atitude do prefeito foi interpretada pelos servidores como uma provocação.
Nesta segunda-feira (07), mais uma vez a proposta do prefeito foi rejeitada, por unanimidade, em assembleia da categoria. Estabelecido o impasse, os profissionais decidiram ocupar o prédio da Secretaria de Educação por tempo indeterminado.
“Entendemos que o prefeito não está cumprindo o papel dele. Nós apresentamos uma pauta extensa, que também inclui abono, progressão, entre outras reivindicações, e nenhuma proposta decente foi apresentada até agora. Então, diante da atitude do gestor de fechar os canais de negociação, hoje todos os profissionais da Educação estão ocupando a secretaria em vigília, aguardando uma proposta, que não seja a mesma já rejeitada duas vezes pelos servidores”, explica a presidente do Sindsep, Maria Santos.
A ocupação iniciou às 9 horas com a presença de mais de 1.000 servidores. Os trabalhadores se revezarão nos três turnos – manhã, tarde e noite – até que sejam reabertos os canais de negociação.
As dependências da Seduc foram fechadas e os servidores encontram-se nesse momento na parte externa do prédio abrigados por barracas. Homens da Polícia Militar estiveram no local, sendo a presença dos PMs repudiada pelos manifestantes.
“Nossa ocupação é 100% pacífica e conta com o apoio de entidades e da sociedade, a quem estamos denunciando toda a negligência, a intransigência e a falta de respeito da prefeitura”, criticou Maria Santos.
Fonte: Fetamce