Seminário na Câmara Federal fortalece mobilização contra Reforma Administrativa

A resistência à Reforma Administrativa ganhou novo fôlego nesta terça-feira (8), durante seminário promovido pela Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.

A atividade reuniu parlamentares, representantes do governo e diversas entidades sindicais, incluindo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), que reforçou sua posição contrária à proposta e se somou às articulações pela sua retirada de pauta.

O evento teve como objetivo ampliar o debate e mobilizar a sociedade contra o projeto que tramita no Congresso Nacional e que, sob o argumento de modernização, ameaça desmontar a estrutura do Estado brasileiro, precarizando os serviços públicos e atacando direitos históricos dos servidores.

Durante os debates, o deputado Pedro Uczai (PT/SC) destacou a importância de barrar o avanço da proposta e anunciou, junto com a deputada Alice Portugal (PCdoB/BA), a articulação de uma iniciativa parlamentar para reunir assinaturas e impedir sua tramitação. A ação contará com o apoio de bancadas como PSOL, PT, PSB, PDT, PV, PCdoB e Rede.

Representantes sindicais alertaram que a mobilização dentro do Congresso é essencial, mas insuficiente se não estiver acompanhada da pressão popular. Foi feito um chamado à base dos serviços públicos — servidores municipais, estaduais e federais — para que se apropriem do debate, compreendam os impactos da reforma e se envolvam nas mobilizações por todo o país.

A Confetam destacou que a proposta de reforma administrativa atende aos interesses de grandes empresários e do agronegócio, colocando em risco áreas essenciais como saúde, educação e assistência social — pilares do atendimento à população mais vulnerável. Por isso, a entidade defende que a luta contra esse projeto deve ser de toda a sociedade.

Entre os palestrantes, o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, José Celso Cardoso Júnior, alertou que a modernização do Estado não pode significar retrocesso. Já a ex-reitora da UnB, Márcia Abrahão Moura, apontou os riscos da proposta para a qualidade dos serviços públicos.

O diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), Neuriberg Dias, denunciou a ausência de representatividade no Grupo de Trabalho que trata do tema no Congresso, criticando a condução da reforma de forma apressada e sem diálogo com a sociedade.

A Frente Parlamentar reafirmou seu compromisso com a defesa do serviço público e com a construção de uma agenda que priorize os direitos dos trabalhadores e a qualidade do atendimento à população.


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