Diante das dificuldades para adoção dos protocolos sanitários necessários para reabertura de escolas e da complexidade do cenário decorrente da pandemia da Covid-19, 82,1% das prefeituras (3.275) acreditam não ser possível retomar as aulas presenciais em 2020. Em pelo menos 3.742 Municípios do país não há data definida para retorno presencial na rede municipal de ensino. Participaram da pesquisa 3.988 gestores locais – o equivalente a 71,6% do total.
Enquanto não abrem os espaços físicos das escolas, 3.887 redes de ensino, portanto 97,5% do total de Municípios pesquisados, afirmam que o ano letivo está sendo executado por meio de atividades pedagógicas não presenciais aos estudantes, tanto da educação infantil quanto do ensino fundamental.
Para retomada presencial das aulas é necessário um plano de contingência, que deve ser articulado entre as áreas de educação e saúde. Nesse quesito, 2.811 gestores municipais afirmaram que têm os planos de retorno prontos ou em elaboração. Entre esses, a maioria respondeu que planeja adotar medidas para um modelo híbrido de ensino (78,2%), além de um retorno gradual das aulas presenciais (74,7%) e um sistema de rodízio (70,5%) para facilitar o distanciamento social. O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Os dados mostram que o argumento das entidades representativas dos professores de demais servidores da educação tem prevalecido, haja vista que boa parte das redes municipais de educação não contam com equipamentos de proteção individual (EPIs) para os estudantes e profissionais, ainda não realizaram adaptação da estrutura física (salas de aula, cantinas, bebedouros), nem fizeram muito menos a aquisição de materiais de limpeza e higiene (álcool, medidor de temperatura) na quantidade demanda.
Além destas destas medidas fundamentais, ainda há a carência de capacitação e contratação de profissionais para substituir os que estão no grupo de risco.
Com informações da CNM