Os juros do cheque especial tiveram uma leve alta de 0,01 ponto percentual na taxa média de janeiro, em comparação ao mês de dezembro, segundo pesquisa feita pelo Procon-SP. No caso da taxa do empréstimo pessoal, não houve nenhuma alteração e a taxa média dos bancos pesquisados manteve-se em 5,17% a.m.
No cheque especial, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,79% a.m., superior a do mês anterior, que foi de 8,78% a.m., significando um acréscimo de 0,01 ponto percentual.
A única alteração na taxa de cheque especial foi feita pela Caixa Econômica Federal que alterou sua taxa de 6,72% para 6,75% a.m., o que significa um acréscimo de 0,03 ponto percentual. Isso representa uma variação positiva de 0,45% em relação à taxa de dezembro de 2009.
Neste mês, segundo o Procon, a pesquisa, que envolveu dez instituições financeiras (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco), “confirmou mais uma vez a posição de cautela adotada pelos bancos em relação aos juros”.
“As taxas praticamente não se alteraram, sendo que a modalidade empréstimo pessoal apresenta a mesma taxa média pelo terceiro mês consecutivo. No cheque especial, a taxa média mensal registrava 8,79% há quatro meses consecutivos (de agosto a novembro de 2009); em dezembro caiu em 0,01 ponto percentual, retornando ao patamar anterior neste mês, por ação de um único banco da amostra”, afirma a entidade.
Na comparação com janeiro do ano passado, houve queda de 0,84 ponto percentual na modalidade empréstimo pessoal e de 0,46 ponto percentual na modalidade cheque especial.
“Na última reunião de 2009 (ocorrida nos dias 08 e 09 de dezembro), o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 8,75% ao ano. A ata da reunião desenhou um cenário favorável para a inflação, afastando a possibilidade de alta desta taxa no curto prazo. O Copom avalia que o Brasil está numa trajetória de recuperação gradual, mas consistente da economia. O mercado financeiro prevê alta da taxa básica somente a partir do segundo semestre”.
O Procon alerta que, nesta época do ano, o bolso do consumidor está comprometido com impostos, taxas, matrículas e despesas com material escolar, por isso, as compras por impulso e a contratação de empréstimos desnecessários podem desequilibrar seriamente o orçamento. “O consumidor deve priorizar o pagamento de dívidas; procurar modalidades de crédito mais baratas e, se possível, utilizar o cheque especial somente em situações emergenciais e de curto prazo, já que é uma das formas de crédito mais caras do mercado”.
Fonte: Fetamce