As inscrições para a 2ª Edição da Olimpíada Brasileira de Relações Étnico-Raciais, Afro-Brasileiras, Africanas e Indígenas (OBERERI) foram prorrogadas até o dia 21 de setembro de 2025. A participação é gratuita e pode ser feita por meio do formulário disponível no link: https://forms.gle/MBy2XeAjWKvQZ2cP8.
A OBERERI é voltada para estudantes do 7º e 8º ano do ensino fundamental e do 1º e 2º ano do ensino médio. As equipes devem ser compostas por 5 a 10 alunos, sempre acompanhados por um(a) professor(a) orientador(a).
Nesta edição, o tema em destaque é: “Educação para as relações étnico-raciais: Povos e comunidades tradicionais frente ao racismo ambiental e às emergências climáticas”. A proposta é incentivar a reflexão crítica, a valorização das identidades e o enfrentamento das desigualdades raciais e ambientais no país.
Entre os prêmios previstos estão certificados, medalhas, menções honrosas, o título de Escola Antirracista para as instituições vencedoras e, para os estudantes premiados, bolsas de Iniciação Científica Júnior (CNPq) a partir de 2026.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail obereri@abpn.org.br ou pelo perfil oficial da olimpíada no Instagram @obereri.abpn.
Consolidação como política pública antirracista
A OBERERI chega à sua segunda edição em 2025, consolidando-se como uma iniciativa inovadora no campo da educação antirracista. Organizada pela Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), com apoio do Ministério da Educação (SECADI) e do CNPq/MCTI, a olimpíada mobilizou em sua primeira edição, em 2024, mais de 25 mil participantes, reunindo cerca de 2.500 equipes escolares em atividades pedagógicas, apresentações culturais e produção de materiais didáticos que celebraram a riqueza das identidades étnico-raciais brasileiras.
De acordo com a professora Dra. Iraneide Soares, coordenadora do projeto, a olimpíada é um compromisso ético e político com a transformação da educação.
“A OBERERI é mais do que uma competição. É um espaço formativo que amplia horizontes, promove o protagonismo de estudantes negros, indígenas e quilombolas, e fortalece o debate sobre a implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08 em nossas escolas”, destacou.
Premiações e início do PIC-Júnior
Como resultado da primeira edição, a ABPN iniciou, neste mês, o envio dos kits de premiação para as equipes que chegaram até a etapa final da olimpíada. Estão sendo entregues certificados, medalhas, troféus, selos de Escola Antirracista e outros materiais que simbolizam o reconhecimento pelo trabalho coletivo desenvolvido por alunos e professores.
Paralelamente, o Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC-Jr.), destinado aos estudantes bolsistas premiados em 2024, já começou a ser implementado. A iniciativa, aprovada em edital específico do CNPq, garante bolsas, acompanhamento acadêmico e formações científicas, fortalecendo a permanência no Ensino Médio e o acesso futuro ao Ensino Superior.
Educação plural e transformadora
Para a ABPN, a OBERERI é também uma ferramenta de construção coletiva e transformadora, que ajuda a repensar práticas pedagógicas e valorizar a pluralidade cultural brasileira. Ao estimular o ensino das histórias e culturas africanas, afro-brasileiras e indígenas, a olimpíada combate estereótipos e preconceitos ainda presentes nas escolas e na sociedade.
Em breve, o edital da segunda edição será divulgado com cronograma e regras detalhadas. A expectativa é superar os resultados da primeira edição, ampliando a participação de escolas públicas e aprofundando o compromisso das redes de ensino com a promoção de uma educação inclusiva e antirracista.