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Na última (6), a Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) realizou a II Semana de Direitos Humanos, na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa do Ceará. O evento promoveu um debate sobre os desafios da inclusão e acessibilidade, reunindo vozes representativas de diversas áreas.
Para Enedina Soares, presidenta da Fetamce, o momento foi um chamado à ampliação das discussões sobre pessoas com deficiência, autismo e outros transtornos. “Essas vozes precisam ter representatividade e amplitude. Nosso objetivo é aprofundar esse debate para construir uma sociedade mais justa e inclusiva”, destacou.
Janieire Carneiro, diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itapipoca, também trouxe reflexões importantes sobre acessibilidade e inclusão. “A acessibilidade ainda é um desafio enorme, mas não é impossível. Seja nas políticas públicas ou nos sindicatos, precisamos ser visíveis”.
Erialdo Abrahão, secretário de Políticas Sociais da Fetamce, pontuou não só a importância de incluir trabalhadores com deficiência no mercado, mas o impacto da Escala 6×1 na vida dos trabalhadores. “Há estudos que mostram que uma escala mais justa aumenta a produtividade e o engajamento de todos”, afirmou.
Keure Alves, presidenta da Associação dos Surdos de Caucaia, destacou a ausência de intérpretes em serviços públicos. “Isso atrapalha a vida dos surdos e nos torna dependentes de familiares que sabem Libras”, lamentou.
Também presente, Antônio José, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Crateús, compartilhou sua experiência como pai de Samuel, uma criança autista. “Enfrentamos desafios diários, como o acesso a direitos básicos, que ainda são limitados”, pontuou.
Karinne Souto Maior, terapeuta ocupacional, enfatizou a dificuldade de acesso a serviços adequados na rede pública. “Ainda há muito a ser feito em termos de investimentos na capacitação profissional e na estruturação de serviços de atendimento. Sem isso, continuamos negligenciando as necessidades de quem mais precisa”, afirmou.
