Dilma Vana Rousseff foi eleita presidente da República para o período de 2010 a 2014. Sem nunca ter disputado uma eleição, ela é a primeira mulher a chegar ao mais alto cargo do País. Com 56,05% dos votos válidos, Dilma Rousseff (PT) será a 11ª mulher a ocupar o cargo de presidente na América Latina, sendo a oitava eleita. Outros oito países latino-americanos tiveram ou têm uma mulher presidente: Argentina, Bolívia, Haiti, Nicarágua, Equador, Guiana, Panamá, Chile e Costa Rica.
Dilma Rousseff (PT) destacou esse fato em seu pronunciamento após a vitória. Segundo ela, sua eleição é uma demonstração do avanço democrático do País. A petista disse que seu desejo é que esse “fato, até hoje inédito, se transforme em um evento natural. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: sim, a mulher pode”. “A igualdade de oportunidade entre homens e mulheres é um princípio essencial da democracia”, completou.
Dilma prometeu respeitar a Constituição. “Vou zelar pela mais ampla liberdade de imprensa e pela mais ampla liberdade de culto”. A eleita também destacou as realizações do governo Lula e falou de sua campanha. “O que mais me deu confiança e esperança, ao mesmo tempo, foi a capacidade imensa do nosso povo de agarrar uma oportunidade, por menor que seja, para com ela construir mundo melhor”, frisou.
Antes, em entrevista dentro do carro que a levou de sua casa para o hotel em Brasília, Dilma afirmou estar “muito feliz”. “É uma sensação de muita força e muita alegria.
Estou muito feliz e agradeço aos brasileiros e brasileiras por esse momento”. A petista recebeu mais de 55 milhões de votos dos 105 milhões registrados nesta eleição.
A petista venceu em 15 estados e no Distrito Federal. Serra teve a maioria dos votos em 11 unidades da Federação. O maior percentual da petista foi no Nordeste onde obteve 70% dos votos. Depois do pronunciamento, a presidente eleita seguiu para o Palácio da Alvorada para se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela estava acompanhada do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, um dos coordenadores da campanha petista; do presidente do PT, José Eduardo Dutra; e do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel.
Dilma tornou-se um nome forte para disputar o cargo ao assumir o posto de ministrachefe da Casa Civil, em junho de 2005. No comando da Casa Civil, Dilma travou uma intensa disputa com o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, por causa da política econômica do governo. Enquanto ele defendia aperto fiscal, ela pregava aceleração nos gastos e queda nos juros.
Com a reeleição de Lula e sem grandes rivais à altura no PT, Dilma tornou-se, depois do presidente, o grande nome do governo. Sua atuação à frente do Ministério de Minas e Energia rendera-lhe a simpatia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enxergou na subordinada, o perfil discreto e de muita força de trabalho, ideal para ser candidata à Presidência da República.
Fonte: Fetamce