O Governo Federal encaminhou ao Congresso Nacional a previsão para o salário mínimo em 2021. Pela proposta, o valor deverá ser de R$ 1.088, sem aumento real. O piso salarial brasileiro atualmente é de R$ 1.045.
A projeção para o salário mínimo utiliza como base a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano, que é de 4,11% O indicador é utilizado para o reajuste do valor do salário mínimo.
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo serve de referência para 49 milhões de trabalhadores no Brasil.
O aumento real do salário foi extinto no ano passado, por decisão do Governo Bolsonaro.
De 2007 até 2019, a lei garantia que o salário mínimo tivesse aumento real, acima da inflação.
Essa fórmula de cálculo levava em conta a inflação do ano anterior, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), mais o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
A política de valorização do salário mínimo foi criada pelo ex-presidente Lula em 2004 e mantida pela presidenta Dilma. Enquanto vigorou, trabalhadores públicos e privados que recebem o mínimo tiveram uma grande evolução salarial.
Em 2003, antes dos governos dos trabalhadores, o salário mínimo estava na casa dos R$ 200. Até o último ano de validade da legislação deixada por Lula, o mínimo teve uma evolução de 400%.
Sem a regra de reajuste, hoje o salário mínimo poderia ser de pouco mais de R$ 600.
Com Bolsonaro e sua equipe econômica, os mais pobres perdem poder de compra e sofrem achatamento salarial, em meio a carestia e injustiças tributárias.