Na última sexta-feira, 20 de setembro, os professores municipais de Iguatu entraram em greve após as negociações entre a Prefeitura e os Sindicatos de Professores e de Servidores terminarem frustradas. A categoria reivindica o pagamento do anuênio, congelado desde 2007, além de outras demandas presentes no Plano de Cargos e Carreiras do Magistério.
Conforme a presidenta do sindicato dos educadores, Maria Edhe Vieira, o grupo laboral reclama o não cumprimento de acordo por parte do poder público municipal, que deveria iniciar, conforme estabelecido entre as partes, a partir do mês de outubro.
Além das organizações de base locais, o movimento vem sendo acompanhado pela secretária de organização sindical da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Ninivia Campos.
Prefeitura persegue grevistas
De forma autoritária, a saída do Executivo para o impasse foi acionar a justiça, com o objetivo de forçar os trabalhadores a voltarem às escolas. O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) acabou por acatar a tese dos gestores locais e declarou ilegal a greve dos professores. A decisão é do desembargador Inácio de Alencar Cortez Neto e foi publicada nesta terça-feira, 24 de setembro. O magistrado deferiu parcialmente a tutela de urgência, com o objetivo de determinar o imediato retorno ao trabalho dos educadores e impondo multa diária ao Sindicato no valor de R$ 5.000,00.
Movimento continua
Até o presente momento, o Sindicato dos Professores não foi notificado da ilegalidade suscitada pelo judiciário. Conforme os servidores, a greve continua e o movimento deve se reunir para avaliar novas estratégias na próxima semana.
Entenda
O anuênio é um percentual sobre o salário a ser pago ao empregado por tempo de serviço cumulativo a cada ano.