Cerca de 500 delegados, representando trabalhadores de 14 atividades econômicas, se reúnem nos dias 18, 19 e 20 de junho no 13º Congresso da Central Única dos Trabalhadores no Ceará (CECUT-CE).
O evento realiza o balanço político e organizativo da CUT no último mandato e aponta as principais lutas a serem travadas nos próximos anos. “A CUT não devia se seu foco, que é defender incondicionalmente os direitos da classe trabalhadora”, discursou Joana Almeida, presidente da Central no Ceará.
Os trabalhadores municipais organizados em sindicatos de professores e servidores e na Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) marcaram presença no evento. Cerca de 80 funcionários públicos são delegados no CECUT.
“Somos o segundo maior ramo de atividade organizado na CUT e estamos aqui para construir o protagonismo das lutas dos servidores municipais, ao mesmo tempo em que pautamos a necessidade de manter a nossa Central forte e apontada para a esquerda”, frisou Enedina Soares, presidente da Fetamce.
Vilani Oliveira, presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), destaca também os desafios da organização, que precisa percorrer os municípios do Ceará e responder aos apelos da base nos 184 municípios do estado. “A CUT precisa se fazer presente onde houver trabalhador em busca de direitos”, enfatiza.
A abertura do evento, que tem como tema: “Educação, Trabalho e Democracia” contou com a participação de movimentos sociais, representantes do Governo do Estado, parlamentares e demais militantes do campo da esquerda do Ceará.
A palestra magna do evento foi feito pelo ex-presidente da Petrobrás e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), José Sérgio Gabriele, que falou sobre o que está em jogo na conjuntura política nacional, dizendo que a esquerda se esfriou no último período. “Nesse momento vivemos o esgotamento de um sistema e precisamos avançar ou veremos o retrocesso dominar e isso é papel da CUT”, frisou.
Fonte: Fetamce