O 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, é um dos principais calendários de luta do movimento negro no Brasil.
Celebrado desde a década de 1970, mas instituído no calendário oficial do país somente em 2011, durante o Governo Lula, a efeméride chama atenção para a resistência de um povo marcado pela escravidão e por todas as mazelas que ainda sofrem nos marcos do capitalismo contemporâneo, que arrasta enormes heranças escravistas.
Apesar do acesso provocado no início do século XXI, com políticas que permitiram, por exemplo, que uma parte de nosso povo tivesse acesso às universidades através de cotas raciais, a população negra brasileira vive um grande revés atualmente.
Desde o golpe de 2016 e mais fortemente no governo Bolsonaro, o país vem atuando para negar o racismo e fortalecer a imagem do negro criminoso, perigoso, irrecuperável.
São as negras e negros os que estão pagando mais caro pelas medidas neoliberais de privatização, precarização do trabalho e da vida, em meio a toda a classe trabalhadora e juventude atacados conjuntamente.
As reformas da previdência e trabalhista, a perseguição às cotas raciais, o ataque ao funcionalismo público, às ofensivas contra a lei 10.639 que institui a educação de África e Afro-brasilidade nas escolas, a militarização das escolas que visa domesticar corpos e mentes, tudo isso faz parte de um projeto genocida contra o povo negro.
Mais do que nunca é preciso evocar a força de Zumbi e Dandara, nossos ancestrais de luta, e por abaixo o sistema racista e opressor que se apossou do Brasil.
Negros e negras em luta até vitória final!