Servidores de Ensino Médio e Fundamental de Caucaia deliberam greve geral


Por Alan Rodrigues


Em assembleia realizada hoje (31), na praça da Câmara Municipal, foi aprovada greve geral dos servidores de Ensino Médio e Fundamental de Caucaia. Cerca de 150 trabalhadores participaram do momento e mostraram-se cansados de esperar a apresentação do plano de carreiras por parte da Prefeitura, que havia prometido para junho. O plano precisa ser discutido com o funcionalismo e aprovado pela Câmara antes que a Casa legislativa entre em recesso, dia 28 de novembro.


Além do início do movimento grevista, os trabalhadores aprovaram o calendário das próximas ações e formaram o comando de greve. Na semana passada, o secretário de Finanças informou que estava analisando o plano de carreiras enviado no 1º semestre do ano pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia.



 


 


“Essa proposta nós já conhecemos; queremos conhecer a deles”, cutucou Catarina Lima, presidente da entidade sindical.  O secretário, no entanto, não informou o andamento do estudo elaborado pela Prefeitura. “Esse plano já vem sendo enrolado há vários anos. O prefeito disse que em junho o plano seria apreciado pela Câmara e implementado em dezembro. Estamos terminando o ano sem avanços”, protesta Catarina.


Amanhã (1º) haverá mobilização na praça da Igreja Redonda. Na próxima segunda-feira será realizada a Marcha pelo Trabalho Decente, com os servidores vestidos de luto, em protesto às condições de trabalho atuais; na terça-feira haverá visita aos equipamentos públicos.

Alimentação e transporte


Os servidores de Ensino Fundamental e Médio recebem um salário mínimo e não têm auxílio para transporte nem para alimentação. Viver com essa quantia, eles enfatizam, é impossível.


Tiago Barros, 27, auxiliar de serviços gerais, passa por essa situação. Ele mora em Fortaleza e vai ao trabalho, na Escola Antônio Albuquerque, em sua moto. O combustível assume quase 25% dos gastos com o seu salário. “Tiro 150 reais de combustível por mês”, ele diz.


O pouco que se ganha ainda tem que ser reservado para alimentação no trabalho, pois não se recebe auxílio alimentação. “Fazemos uma ‘vaquinha’ para comprar um quilo de frango e comer, mas não é sempre. Há semanas em que não almoçamos”, ele chama a atenção. Segundo Tiago, nestas condições, o salário recebido dura somente 15 dias.

Sobrevivência


Glaucenyr Soares Lima, 38, mora em Fortaleza e trabalha na limpeza do Hospital Santa Terezinha. Todo dia, ele pega dois ônibus para trabalhar. Com um salário mínimo, Glaucenyr sustenta sua família, formada pela mulher e as três filhas. Para manter os parentes, ele complementa a renda trabalhando como mototaxista em Fortaleza. “Saio de casa às 6 horas da manhã e chego às 7 da noite; tomo um banho e vou trabalhar em Fortaleza”, ele conta.  Seu tempo de repouso diário totaliza três horas por dia, muito abaixo das 8 horas de sono necessárias para recuperar as energias despendidas na jornada.


Fonte: Fetamce


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