Nas ruas, professores de Fortaleza exigem afastamento do secretário Jaime Cavalcante


Reunidos em assembleia geral, na tarde de segunda-feira (15), cerca de 3.500 funcionários e professores de rede pública municipal de ensino de Fortaleza deliberaram pela continuidade da greve, iniciada na última sexta-feira (12). Reunidos na Praça José Bonifácio, os profissionais rejeitaram por unanimidade a proposta de reajuste salarial escalonado e repudiaram a negativa do prefeito Roberto Cláudio à reivindicação de destinar aos professores parte das verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).


A proposta rejeitada ontem foi apresentada pelo prefeito à direção Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) na última sexta-feira (12), durante reunião no Paço Municipal. Enquanto a prefeitura oferece um reajuste parcelado – 5,5% em março (retroativo à data-base de janeiro) e 5,86% em agosto (sem retroativo) – os professores reivindicam 11,36% integral, retroativo a janeiro de 2016, de acordo com a Lei do Piso Nacional do Magistério.


A categoria reivindica ainda que 60% dos R$ 289 milhões do Fundef, recebidos pela prefeitura em novembro de 2015, sejam rateados entre os professores e que os 40% restantes sejam investidos na melhoria das escolas públicas municipais. 


Greve continua por tempo indeterminado


Como todas as propostas foram rejeitadas pelo prefeito, os trabalhadores decidiram continuar de braços cruzados e intensificar o calendário de mobilizações. Hoje pela manhã, eles voltaram às ruas, em passeata da Praça da Imprensa até a sede da Secretaria Municipal de Educação, para pedir o afastamento do secretário municipal de Educação, Jaime Cavalcante. 


Na quinta-feira (18), os professores fazem nova assembleia, na Praça José Bonifácio. Na sexta-feira (19), saem em passeata da Praça do Ferreira até o Paço Municipal. O objetivo é pressionar o prefeito Roberto Cláudio a apresentar uma outra contraproposta para que os trabalhadores possam voltar ao trabalho imediatamente. Até lá, a greve prossegue por tempo indeterminado.   


Estima-se que cerca de 150 mil alunos da rede pública municipal de ensino estejam sem aula na Capital do Ceará. 


Fonte: Fetamce


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