Movimento sindical reforça protesto de Jornalistas em Campanha Salarial

Em mais de três horas de atividade, que tomou a portaria do Diário do Nordeste e as ruas no entorno da Praça da Imprensa, na última sexta-feira (13/01), jornalistas e movimento sindical protestaram contra a estagnação das negociações da Campanha Salarial dos profissionais de impresso, que se arrastam sem acordo desde 1º de setembro de 2011. O sindicato patronal, ao qual Diário, O Povo e O Estado são filiados, negou todas as reivindicações da categoria e congelou a proposta de reajuste em apenas 8% desde o dia 7 de dezembro do ano passado.


O ato político ganhou o título de “Sexta-feira 13: terror é o salário dos jornalistas” para denunciar, em tom sarcástico, os baixos salários da categoria, cujo piso é de R$ 1.364,12. Na penúltima rodada de negociação, o Sindjorce apresentou contraproposta de 10% de reajuste para pisos e demais salários, Reportagem Especial e Seguro de Vida. Entretanto, o presidente do sindicato patronal, Mauro Sales, recusou a proposta, argumentando que os jornais estariam passando por uma “crise financeira”.


A presidente em exercício do Sindjorce, Samira de Castro, destacou que o discurso de crise das empresas de comunicação no Ceará é um insulto à inteligência da categoria, já que os investimentos crescem a olhos vistos. Ela lembrou que a Campanha Salarial de Impresso se soma agora à dos profissionais de Rádio e TV, cuja data base é 1º de janeiro. “No momento em que começamos as negociações de mídia eletrônica, a TV Jangadeiro demite três jornalistas sem justa causa. Não podemos admitir tal postura diante do quadro de investimentos pelo qual a emissora passa neste momento de troca de bandeira do SBT para a Band”, afirmou Samira.


“Nos solidarizamos aos companheiros dispensados, colocamos a assessoria jurídica do Sindicato para acompanhar o caso e não vamos nos intimidar com este tipo de atitude das empresas. O Sindjorce age para além do discurso e é na rua, denunciando à sociedade o descaso patronal, que mostramos nossa indignação com o aviltamento à profissão de jornalista”, disse a presidente.


A manifestação dos jornalistas foi reforçada pela presença de representantes de 23 entidades do movimento sindical e social do Ceará, que enfatizaram as palavras de ordem e prestaram solidariedade aos trabalhadores dos jornais. No Diário do Nordeste, 92,4% dos profissionais rejeitaram a proposta de reajuste do patronato, que oferecia somente a reposição da inflação (7,32%).

Sociedade cearense e movimentos sindical engrossam o protesto dos jornalistas

A manifestação dos jornalistas realizada na sexta-feira 13, conquistou o apoio de pessoas que circulavam nas vias próximas à Praça da Imprensa e transitavam em veículos particulares ou transporte público no cruzamento das avenidas Antônio Sales com Desembargador Moreira. A reação às falas dos jornalistas e ao conteúdo dos panfletos distribuídos foi de espanto, principalmente com a remuneração dos profissionais empregados nos jornais do Ceará.


O ato também conquistou a adesão de 16 sindicatos de trabalhadores do Ceará. Bancários, trabalhadores da construção civil, motoristas e trocadores de ônibus, metalúrgicos, comerciários, gráficos, servidores municipais de Fortaleza, trabalhadores em processamento de dados e em água e esgoto, técnicos em segurança do trabalho, agentes de saúde, têxteis, vigilantes, trabalhadores em carros fortes e eletricitários, e os próprios jornalistas, fizeram falas contundentes denunciando o descaso patronal com os trabalhadores.


“Por esse salário (R$ 1.364,12), nenhum ambulante informal quer trabalhar aqui (no Diário)”, afirmou o presidente do SindValores, Welington Nascimento de Oliveira. Além do apoio da sociedade, a manifestação ganhou ainda mais peso com a presenças de dirigentes de quatro centrais sindicais – Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) e Intersindical. Com bandeiras erguidas, eles criticaram a intransigência dos patrões, que estão inviabilizando o fechamento da negociação iniciada há quatro meses.


Também prestaram apoio à categoria representantes da Central dos Movimentos Populares (CMP), e dirigentes da Federação dos Trabalhadores em Comércio e Serviço do Ceará (FETRACE), Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comércio e Serviços (Contracs).


“Um jornalista ganha menos que um pedreiro, sem nenhum demérito aos valorosos companheiros da construção civil”, comparou o diretor da Contracs, Domingos Braga Mota. “Daqui a pouco, jornalista vai ganhar salário mínimo”, completou Francisco Gomes Sobrinho, secretário de Relações de Trabalho da CUT/CE.

Fonte: Sindjorce

Assessoria de Comunicação – FETAMCE
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Fonte: Fetamce


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